Prison Break
3º Temporada
Capítulo 7
A procura de Whistler
Assim que Michael entrou em Sona novamente, procurou por Chuck. Encontrou-o no pátio junto de seus amigos. Aproximou-se e cumprimentou a todos.
Chuck pareceu perceber que algo estava errado e perguntou:
-Quer conversar?
Michael apenas balançou a cabeça dizendo que sim.
Os dois afastaram-se um pouco e Michael silenciosamente disse:
-Você conhece alguém chamado Whistler?
-Whistler?
-É. Conhece?Sabe onde eu posso encontrá-lo...?
-Conheço, mas não sei se você vai conseguir encontrá-lo, Michael...
-Por quê?
Chuck olhou em volta como se tentasse se recordar de algo e enfim respondeu:
-Ele esteve preso aqui... Por um bom tempo, mas depois assim como se nunca tivesse posto os pés aqui, sumiu.
-Como assim sumiu?Você acha que ele fugiu?
-É o que dizem, mas provas disso não há... E pelo que eu já disse a você antes, fugir de Sona não é a tarefa mais fácil do mundo.
Michael concordou com o que Chuck dizia e olhou em volta também.
-Ok, escute...Terei que procurar esse homem, então caso você saiba qualquer coisa, me procure.
Chuck consentiu e Michael começou a se afastar.
-Hey, Michael!
Michael virou-se.
-Por quê você precisa desse homem?
Ele aproximou-se mais e completou quase sussurrando:
-Porque a Companhia o quer em troca da Sara e do L. J.
O misto de surpresa e compaixão foi visível na expressão de Chuck.
Chuck contemplou as mãos e por fim disse:
-Qualquer coisa, avisarei.
Michael agradeceu e foi embora, levando consigo um pouco de medo dentro do peito, não sabia o que aquele homem misterioso podia representar para a companhia e até mesmo para ele, que agora teria que incluí-lo em sua possível fuga. Seu coração pedia por outra pessoa, a cada dia seus pensamentos e suas respostas se tornavam mais urgentes. Mais um dia sem notícias concretas, e ele perderia o chão.
Prosseguiu a sua caminhada pelos corredores de Sona, até avistar um pequeno homem que carregava uma bolsa no ombro, sair de uma das celas as gargalhadas. Michael parou ao lado de um pilar e apenas observou de longe.
Viu-o contar um bolinho de dinheiro e depois colocá-lo no bolso traseiro das calças. Ajeitou a bolsa no ombro e deu alguns passos a esquerda.
Michael saiu de trás do pilar e aproximou-se da cela da qual o homem havia se retirado há alguns segundos. Parou e olhou lá dentro.
Nesta cela, havia um beliche igual ao seu e uma cadeira velha em um canto. Michael observou melhor, em seu assento havia agulhas. Caminhou até a cadeira e foi então que o viu atirado sobre a parede tremendo.
-Alex!
Ele abriu os olhos ligeiramente e tentou levantar-se, mas não conseguiu aguentar o peso do próprio corpo. Michael foi até ele e o segurou. Mahone aceitou a ajuda e apoiou-se em seu ombro. Michael o conduziu até o beliche e o deixou lá.
-Está se drogando, Alex?
Mahone trocando as palavras, respondeu:
-Aqui não tinha muitas opções, Michael. Tive que me virar.
Michael ainda perturbado com o que estava presenciando, disse: -Eu não tenho nada a ver com o que você faz da sua vida, mas se você continuar assim, não vai durar muito aqui dentro.
Mahone ainda suava frio e seus cabelos estavam revirados, com muito esforço ergueu a cabeça novamente.
-Você ainda não me perdoou pela morte de seu pai, não é mesmo?
Michael caminhou mais para perto.
-Por qual motivo eu perdoaria?Aliás, existe algum motivo?
-E se eu dissesse que me arrependo disso e de tudo o que fiz para você e se eu dissesse que me arrependo de metade das coisas que fiz na minha vida?

Michael ficou olhando-o. Não distinguia mais o que sentia por Mahone, não era mais ódio, por vezes pena, por outras algo que nem mesmo ele sabia nomear.
-Eu só espero que você encontre o seu caminho e que pare de recorrer a essas coisas, para tentar esquecer os seus erros que cometeu.
Mahone apenas abaixou a cabeça. Michael o olhou por alguns segundos mais e depois o deixou.
Caminhou apressado tentando esquecer aquilo. Voltou ao portal do pátio.
Avistava alguns rostos conhecidos, avistava Chuck e seus amigos no mesmo lugar de sempre. E mais ao longe sentado na escada que dava acesso ao segundo piso, Bellick.
Pensou, pensou e pensou. Podia se arrepender daquilo, mas no momento ele pensava apenas em Sara e L. J., e isso era o suficiente para fazê-lo e não arrepender-se depois.
Retirou as mãos da cintura e começou a andar, percebeu ao atravessar o pátio que muitos ainda o olhavam com aquela estranheza que ele já reparara outras vezes. Aquilo não lhe era intimidador, mas também não era nada cômodo.
Ao se aproximar de Bellick, esse rapidamente levantou-se. Michael fez um movimento com a mão, pedindo que ele continuasse sentado, ao que Bellick obedeceu.
-Você quer mesmo participar disso?
-E eu preciso responder, Michael?
-Ok, escute... Já ouviu esse nome: Whistler?
Bellick franziu levemente a testa.
-Não, mas o que esse homem tem a ver com a nossa saída daqui?
Michael fez cara de entediado e impaciente olhou em volta.
-Tudo.
Bellick levantou-se e parou ao seu lado no pilar.
-O que nós temos que fazer?Achar ele?Para quê?Para quem?
-É melhor você não saber de nada disso. Só procure-o, ok?Se você conseguir isso, está dentro.
Michael distanciou-se e Bellick gritou:
-Hey, Michael, mas como eu vou achá-lo se eu só sei o seu nome?
Michael apenas tratou de voltar para cela e não respondeu.
Quando chegou, deitou-se na cama e assim ficou. Tinha uma dor muito forte na cabeça e uma fome grande também que podia ser conseqüência de sua dor.
Pensou na hipótese de não achar aquele homem. O que aconteceria?
O que afinal a Companhia estaria querendo com ele?Sua dor parecia que piorava quando começava pensar em tais em questões. Virou para o lado e assim sem nem ao menos perceber, adormeceu.
Lincoln caminhava nas ruas do Panamá. Procurava por um telefone público para que pudesse ligar para os três números que continha no pequeno pedaço de papel que havia na sua mão. Ele conseguira mais cedo ligar para o hotel de Josh e a recepcionista lhe passara os três números que ela tinha.
Passou na frente de um bar amplo e aparentemente aconchegante e lembrou-se que fazia seis horas que não comia nada. Em frente havia um telefone público, foi até ele, escorou-se e digitou o primeiro número de sua lista.
Ouviu o telefone chamar algumas vezes e depois cair na secretária.
Tentou novamente e o mesmo aconteceu. Discou o próximo número e esperou. Chamou duas ou três vezes e por fim o conseguiu.
-Alô?!Quem fala?
-Acho que você que deveria se identificar.
Lincoln respirou e disse:
-Ok, eu sou Lincoln, gostaria de falar com o Josh.
-É ele. O que seria, Lincoln?
-Eu sou o irmão do Michael...Michael Scofield.
-Lincoln Borrows?
-É, sou eu.
-Esperava esta ligação, mas não tão tarde.
-Ok, então você tem o dinheiro...?
-É, eu tenho.
-Ok, eu ainda preciso te pedir outro favor...
Lincoln pediu a Josh que alugasse o apartamento no Panamá e que ele lhe mandasse o dinheiro por uma pessoa, a mesma que fosse lhe entregar as chaves de tal.
Conversaram por mais alguns minutos, então despediram-se e Lincoln foi até o bar. Entrou, observou a freguesia e sentou-se em uma das mesas ao ar livre.
Sentado ali, conseguia olhar para a rua e para as pessoas que caminhavam nela e ao mesmo tempo para o movimento do bar também. Esperava pelo garçom e assim que ele saiu de trás do balcão e começou a vir em sua direção, ele avistou um homem e uma mulher discutirem na mesa ao lado. O garçom aproximou-se.
-O que você deseja, senhor?
Lincoln ainda observava a briga na mesa ao lado. A mulher que era magra e de pele morena e cabelos lisos acabara de levantar-se e segurando a bolsa começou a caminha em direção a saída.
-Senhor?
Lincoln dispersou-se e voltou a realidade.
-Ah, sim?
-Eu perguntei o que o senhor deseja...
-Ah, desculpe. Eu tenho que ir.
Lincoln pegou o casaco que estava na cadeira ao lado e levantou-se.
Viu que o homem da mesa que observava estava indo atrás da moça e essa por sua vez ainda caminhava com passos fortes.
-Hey, Sofia...Espere, é melhor conversarmos.
Lincoln continuou seguindo-os. Viu-os dobrar a esquina ao lado do bar, então parou e os observou dali. A mulher, cujo homem havia chamado de Sofia, parou bruscamente e olhou para os lados, parecia finalmente ter percebido que entrara num beco sem saída. Viu-a, então, virar-se e encarar o homem.
-Eu não vou pedir nada ao James, antes que você me diga o que você e essa gente quer dele.
O homem aproximou-se mais dela, dizendo:
-Eu aconselho você a pensar melhor e concordar em falar com o Whistler, ok?
Lincoln sentiu o sangue congelar. “Whistler”, o homem que Michael devia tirar da cadeia.
-Não, já disse. Eu quero saber.
Lincoln viu o homem aproximar-se mais e começar a retirar ao de dentro do palito. Sabendo o que veria a seguir, ele agarrou entre as mãos uma caixa vazia de verduras que havia ao lado do lixo e caminhou até eles.
Sofia arregalou os olhos ao vê-lo aproximando-se e recuou. Só o que ouviu foi o barulho da madeira quebrando nas costas do homem, que caiu produzindo um barulho maior ainda.
Os dois contemplaram ali caído no chão. Sofia levantou o rosto e o encarou assustada.
-Quem é você e por quê fez isso?
-Ele ia atirar em você...
-Eu sei disso, mas...
Lincoln abaixou-se e verificou o pulso do homem. Ainda vivia, pegou a arma a envolveu em seu casaco e olhou mais uma vez para Sofia. Ainda permanecia branca e confusa.
Lincoln estendeu sua mão e agarrou a dela.
-Vem comigo.
Sofia sem nem ao menos pensar deixou Lincoln a conduzir. Esse a puxou e a tirou dali.
-Eu só espero que você encontre o seu caminho e que pare de recorrer a essas coisas, para tentar esquecer os seus erros que cometeu.
Mahone apenas abaixou a cabeça. Michael o olhou por alguns segundos mais e depois o deixou.
Caminhou apressado tentando esquecer aquilo. Voltou ao portal do pátio.
Avistava alguns rostos conhecidos, avistava Chuck e seus amigos no mesmo lugar de sempre. E mais ao longe sentado na escada que dava acesso ao segundo piso, Bellick.
Pensou, pensou e pensou. Podia se arrepender daquilo, mas no momento ele pensava apenas em Sara e L. J., e isso era o suficiente para fazê-lo e não arrepender-se depois.
Retirou as mãos da cintura e começou a andar, percebeu ao atravessar o pátio que muitos ainda o olhavam com aquela estranheza que ele já reparara outras vezes. Aquilo não lhe era intimidador, mas também não era nada cômodo.
Ao se aproximar de Bellick, esse rapidamente levantou-se. Michael fez um movimento com a mão, pedindo que ele continuasse sentado, ao que Bellick obedeceu.
-Você quer mesmo participar disso?
-E eu preciso responder, Michael?
-Ok, escute... Já ouviu esse nome: Whistler?
Bellick franziu levemente a testa.
-Não, mas o que esse homem tem a ver com a nossa saída daqui?
Michael fez cara de entediado e impaciente olhou em volta.
-Tudo.
Bellick levantou-se e parou ao seu lado no pilar.
-O que nós temos que fazer?Achar ele?Para quê?Para quem?
-É melhor você não saber de nada disso. Só procure-o, ok?Se você conseguir isso, está dentro.
Michael distanciou-se e Bellick gritou:
-Hey, Michael, mas como eu vou achá-lo se eu só sei o seu nome?
Michael apenas tratou de voltar para cela e não respondeu.
Quando chegou, deitou-se na cama e assim ficou. Tinha uma dor muito forte na cabeça e uma fome grande também que podia ser conseqüência de sua dor.
Pensou na hipótese de não achar aquele homem. O que aconteceria?
O que afinal a Companhia estaria querendo com ele?Sua dor parecia que piorava quando começava pensar em tais em questões. Virou para o lado e assim sem nem ao menos perceber, adormeceu.
Lincoln caminhava nas ruas do Panamá. Procurava por um telefone público para que pudesse ligar para os três números que continha no pequeno pedaço de papel que havia na sua mão. Ele conseguira mais cedo ligar para o hotel de Josh e a recepcionista lhe passara os três números que ela tinha.
Passou na frente de um bar amplo e aparentemente aconchegante e lembrou-se que fazia seis horas que não comia nada. Em frente havia um telefone público, foi até ele, escorou-se e digitou o primeiro número de sua lista.
Ouviu o telefone chamar algumas vezes e depois cair na secretária.
Tentou novamente e o mesmo aconteceu. Discou o próximo número e esperou. Chamou duas ou três vezes e por fim o conseguiu.
-Alô?!Quem fala?
-Acho que você que deveria se identificar.
Lincoln respirou e disse:
-Ok, eu sou Lincoln, gostaria de falar com o Josh.
-É ele. O que seria, Lincoln?
-Eu sou o irmão do Michael...Michael Scofield.
-Lincoln Borrows?
-É, sou eu.
-Esperava esta ligação, mas não tão tarde.
-Ok, então você tem o dinheiro...?
-É, eu tenho.
-Ok, eu ainda preciso te pedir outro favor...
Lincoln pediu a Josh que alugasse o apartamento no Panamá e que ele lhe mandasse o dinheiro por uma pessoa, a mesma que fosse lhe entregar as chaves de tal.
Conversaram por mais alguns minutos, então despediram-se e Lincoln foi até o bar. Entrou, observou a freguesia e sentou-se em uma das mesas ao ar livre.
Sentado ali, conseguia olhar para a rua e para as pessoas que caminhavam nela e ao mesmo tempo para o movimento do bar também. Esperava pelo garçom e assim que ele saiu de trás do balcão e começou a vir em sua direção, ele avistou um homem e uma mulher discutirem na mesa ao lado. O garçom aproximou-se.
-O que você deseja, senhor?
Lincoln ainda observava a briga na mesa ao lado. A mulher que era magra e de pele morena e cabelos lisos acabara de levantar-se e segurando a bolsa começou a caminha em direção a saída.
-Senhor?
Lincoln dispersou-se e voltou a realidade.
-Ah, sim?
-Eu perguntei o que o senhor deseja...
-Ah, desculpe. Eu tenho que ir.
Lincoln pegou o casaco que estava na cadeira ao lado e levantou-se.
Viu que o homem da mesa que observava estava indo atrás da moça e essa por sua vez ainda caminhava com passos fortes.
-Hey, Sofia...Espere, é melhor conversarmos.
Lincoln continuou seguindo-os. Viu-os dobrar a esquina ao lado do bar, então parou e os observou dali. A mulher, cujo homem havia chamado de Sofia, parou bruscamente e olhou para os lados, parecia finalmente ter percebido que entrara num beco sem saída. Viu-a, então, virar-se e encarar o homem.
-Eu não vou pedir nada ao James, antes que você me diga o que você e essa gente quer dele.
O homem aproximou-se mais dela, dizendo:
-Eu aconselho você a pensar melhor e concordar em falar com o Whistler, ok?
Lincoln sentiu o sangue congelar. “Whistler”, o homem que Michael devia tirar da cadeia.
-Não, já disse. Eu quero saber.
Lincoln viu o homem aproximar-se mais e começar a retirar ao de dentro do palito. Sabendo o que veria a seguir, ele agarrou entre as mãos uma caixa vazia de verduras que havia ao lado do lixo e caminhou até eles.
Sofia arregalou os olhos ao vê-lo aproximando-se e recuou. Só o que ouviu foi o barulho da madeira quebrando nas costas do homem, que caiu produzindo um barulho maior ainda.
Os dois contemplaram ali caído no chão. Sofia levantou o rosto e o encarou assustada.
-Quem é você e por quê fez isso?
-Ele ia atirar em você...
-Eu sei disso, mas...
Lincoln abaixou-se e verificou o pulso do homem. Ainda vivia, pegou a arma a envolveu em seu casaco e olhou mais uma vez para Sofia. Ainda permanecia branca e confusa.
Lincoln estendeu sua mão e agarrou a dela.
-Vem comigo.
Sofia sem nem ao menos pensar deixou Lincoln a conduzir. Esse a puxou e a tirou dali.
3 comentários:
Raaaaaaaafa, que saudade da sua fic *.* bã, eu nunca disse isso antes, mas eu tô gostando muito do "Chuck" :D foi legal você ter introduzido ele na fic pra ajudar o Mike, adorei (: e claro, adoooorei o novo capítulo também \o/ primeiro encontro de Lincoln e Sofia *----* óh, que lindo. e eu tô com saudades da Sara, ainda bem que no próximo capítulo ela aparece :D
Rafa, adorei...... mas eu não suporto a Sofia, só de falar o nome dela me da arrepios ahahahaha.
Rafa to adorando!!!
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