Prison Break
3º Temporada
Capítulo 5
Um velho amigo
Michael voltou para a cela, sentou-se no chão ao lado do beliche e encostou suas costas ali mesmo. Fechou os olhos e permaneceu assim. Não podia acreditar, simplesmente não podia acreditar que Sara estava presa e sozinha naquele momento. Isso o deixava impaciente e com ódio de todas aquelas pessoas que lutavam para terminar com o pouco que ainda restava de sua vida. Ou melhor, com aquilo que significava sua vida dali para frente: Sara.
Seus olhos não conseguiam deixar aquela foto. Mesmo que Lincoln conseguisse aquele endereço e ele conseguisse sair de Sona, sabia que ela não estaria naquele lugar. Poderia ser até mesmo uma coincidência eles apontarem para a mesma figura, ou a Companhia queria que eles fossem a tal lugar e poderia ser uma armadilha ou não também. Se tratando daquilo, nada era certo.
Michael ainda estava absorto em seus pensamentos, quando Chuck adentrou na cela.
-E aí, Mike. Falou com o teu irmão?
-Falei sim.
-Que foi, cara?Você não parece muito bem.
Michael levantou-se e aproveitou o momento de distração de Chuck para esconder o celular em baixo do colchão. Ajeitou a postura e o mirou. Não sabia ao certo ainda se Chuck era confiável, se podia lhe contar tudo ou nada. Ele não tinha essas certezas, mas sabia dizer que Chuck era o mais próximo que ele podia chamar de amigo dentro daquele lugar.
-Chuck, antes de terminar aquela conversa, eu preciso saber se posso confiar em você... Você promete que não vai contar o que eu disser a ninguém?
-Eu prometo, prometo, cara...
-Nem mesmo pro Billi e para os outros?
-Certo, nem mesmo pra eles.
-Ok, então.
Michael ajeitou mais uma vez a postura e bem rapidamente limpou a lágrima que escorrera do seu rosto antes de Chuck entrar na cela. Estava na hora dele começar a pensar e por seus planos em prática.
Chuck caminhou até o beliche, mas Michael preferiu ficar em pé.
-Chuck, eu tenho três pessoas lá fora que estão precisando de mim: meu irmão, meu sobrinho e... –Michael silenciou apenas por alguns segundos, antes que tomasse coragem para dizer-... A mulher que eu amo, a Sara. Eu preciso muito sair daqui para ajudá-los.
A expressão de Chuck confundiu-se. E logo ele perguntou:
-Voce pretende fugir de Sona?É isso que você está planejando fazer?
Michael suspirou e respondeu:
-É, é sim isso que eu pretendo fazer.
-Você está falando sério?Como você pensa que vai conseguir fazer isso? Isso é impossível, Michael. Durante todo o tempo que estive aqui, eu vi vários homens tentando, e eles nem ao menos chegaram às grades.
Michael apenas suspirou e perguntou:
-Preciso saber se você quer me ajudar ou não.
-Ok, mas e se der errado?Como deu para todos os outros?
-Não vai sair nada errado.
Chuck lhe lançou um olhar meio irritado, como se estivesse impaciente com a insistência dele, mas Michael apenas o mirou, dizendo:
-Eu sei que não parece que iremos conseguir, mas acredite em mim, nós conseguiremos.
Chuck silenciou, e depois de passar as mãos sobre os cabelos, perguntou:
-E o que você pretende fazer?
-Ainda não sei. Mas eu preciso que você esteja pronto caso eu precise da sua ajuda.
-Então eu vou ter que esperar?
Michael consentiu.
-É, agora, a única coisa que você tem que fazer é esperar.
Meio inconformado, Chuck concordou. Michael sentou-se ao seu lado.
-Quando eu fui procurar você no pátio hoje cedo, seus amigos me disseram que você devia estar me procurando também...
-Ah, esquece, não é nada...
-Tem certeza?
-Ah, sei lá. É um cara que trabalha de coveiro, ele falou com um dos guardas que é meu amigo e esse me disse que o coveiro perguntou por um Michael, mas não deve ser você, então...
Michael surpreso e ansioso perguntou antes que Chuck pudesse continuar:
-Quem, Chuck?Qual era o nome dele?
-Ah, eu não sei, não sei. O guarda só me disse que era o Coveiro.
-E você pode falar com o guarda por mim e perguntar sobre o coveiro?
-Posso, posso sim.
Eles saíram da cela e foram até o lugar onde Michael se encontrava com Lincoln quase que diariamente. Eles se aproximaram das grades e Chuck chamou por um dos guardas que estava ali por perto.
O homem que vinha na direção deles vestia o mesmo uniforme que os outros guardas de Sona. Tinha cabelos claros e movimentos precisos.
-E aí Chuck, como vão as coisas aí dentro?
-Na mesma de sempre, George. E com vocês?
George firmou a arma que segurava entre o braço e o peito, e depois disse:
-Na mesma também, cumprindo o nosso trabalho.
-Bom, esse é o Michael de quem eu falei. Ele acha que pode conhecer o coveiro.
Michael e George consentiram um para o outro.
-Você conhece o Sucre, então?
-Sucre?!
A expressão de Michael pareceu tão mais aliviada aos olhos de Chuck que o mirava, naquele momento.
-É, o coveiro, você o conhece ou não?
Michael se apressou em dizer:
-Sim, sim, eu o conheço.
-Ok, então. Eu vou chamá-lo.
George distanciou-se e Chuck virou-se para ele.
-Eu vou nessa, vou estar na cela se precisar de mim.
Michael consentiu.
-Ok, obrigado, Chuck.
Chuck foi embora e Michael esperou. Escorou-se nas grades e assim ficou por alguns minutos. Quando menos esperava ouviu aquela voz familiar lhe encher os ouvidos.
-Michael!
-Sim, sim, eu o conheço.
-Ok, então. Eu vou chamá-lo.
George distanciou-se e Chuck virou-se para ele.
-Eu vou nessa, vou estar na cela se precisar de mim.
Michael consentiu.
-Ok, obrigado, Chuck.
Chuck foi embora e Michael esperou. Escorou-se nas grades e assim ficou por alguns minutos. Quando menos esperava ouviu aquela voz familiar lhe encher os ouvidos.
-Michael!
Ele se virou e assim que o fez, foi surpreendido por um Sucre vestindo um macacão cinza e com um sorriso de orelha a orelha. Segurava um pano velho, que parecia usar para limpar as mãos. E só ao vê-lo Michael sentiu-se melhor.
-Sucre!
Michael virou todo o corpo para ficar de frente para o amigo e aproximou-se mais das grades. E sorrindo também., ele estendeu a mão para que Sucre pudesse apertá-la. Sucre terminou de limpar as mãos no pano e depois de guardá-lo no bolso do macacão, apertou a mão de Michael.
-Então, o que aconteceu desta vez, Michael?
-Longa história, Sucre.
Os dois sorriram e depois Michael prosseguiu.
-E a Maricruz?Ela está aqui?Está com você?
Sucre suspirou e começou a falar.
-As coisas não mudaram muito, Michael...
-Eu acho que tenho tempo de sobra, conte-me...
Sucre então contou tudo o que aconteceu com ele e Maricruz desde que os dois se separaram no acidente.
-E foi isso, o filho da mãe do Bellick está aí dentro e sabe se lá onde a Maricruz está!
-Você já tentou falar com ele?
-Já, mas os guardas o chamaram no interfone, mas ele não aparece, deve de estar com medo do que eu possa fazer com ele...E se ela estiver passando fome, Michael?E o bebê?Como será que ele está?
Michael o encarou.
-Hey, nós vamos dar um jeito nisso. Não vamos?
Sucre o encarou também.
-Sucre!
Michael virou todo o corpo para ficar de frente para o amigo e aproximou-se mais das grades. E sorrindo também., ele estendeu a mão para que Sucre pudesse apertá-la. Sucre terminou de limpar as mãos no pano e depois de guardá-lo no bolso do macacão, apertou a mão de Michael.
-Então, o que aconteceu desta vez, Michael?
-Longa história, Sucre.
Os dois sorriram e depois Michael prosseguiu.
-E a Maricruz?Ela está aqui?Está com você?
Sucre suspirou e começou a falar.
-As coisas não mudaram muito, Michael...
-Eu acho que tenho tempo de sobra, conte-me...
Sucre então contou tudo o que aconteceu com ele e Maricruz desde que os dois se separaram no acidente.
-E foi isso, o filho da mãe do Bellick está aí dentro e sabe se lá onde a Maricruz está!
-Você já tentou falar com ele?
-Já, mas os guardas o chamaram no interfone, mas ele não aparece, deve de estar com medo do que eu possa fazer com ele...E se ela estiver passando fome, Michael?E o bebê?Como será que ele está?
Michael o encarou.
-Hey, nós vamos dar um jeito nisso. Não vamos?
Sucre o encarou também.
-Ok, nós vamos.
Michael consentiu. Então os dois ficaram em silêncio.
Sucre fez uma expressão de quem acabara de lembrar-se de algo, e então perguntou:
-E a Sara, Michael?O que aconteceu com ela?O Linc e o L. J.? E por que afinal você está aí dentro?
A expressão de Michael entristeceu-se.
-Eles não estão nada bem. E tudo isso é minha culpa, me sinto cada vez mais responsável, Sucre.
-Hey, não fala assim. Você já fez muito por eles, você sabe disso.Vamos, me conte o que aconteceu.
Michael então lhe contou tudo.
Sucre motivou-o.
-Michael, você vai encontrá-los. L. J. é esperto que nem você e a Sara é forte, não se abala facilmente.
Michael com tristeza nos olhos, tentou sorrir e por fim respondeu:
-Estava precisando ouvir isso... Talvez só vindo de você mesmo. E quanto a Maricruz, procurarei Bellick e farei ele falar.
Michael viu Sucre sorrir daquele jeito que denunciava que ele estava prestes a conseguir algo muito desejado.
-É assim que se fala, Michael! Nós vamos salvá-las, nós vamos trazer a Maricruz e a Sara de volta.
E pela primeira vez em dias, Michael sorriu de verdade.
Depois de muito se remexer no pequeno sofá onde estava. Lincoln abriu os olhos, assustado. Sentou-se rapidamente e limpou o suor do rosto, foi então que percebeu que havia caído no sono no sofá do quarto onde estava. Olhou para a frente, na mesinha de centro estava o motivo por ter acordado tão subitamente. Seu celular estava virando e o toque já estava no último volume..
Ele aproximou-se da mesinha e pegou o celular nas mãos. Lia-se ‘’número não identificado’’. Lincoln pensou duas vezes, mas por fim atendeu.
-Quem fala?
-É você, Lincoln?
-Eu perguntei quem fala.
Lincoln insistiu, então lhe responderam.
-Linc, aqui é a Susan.
Lincoln silenciou e prestou atenção ao que ouvia. Era uma voz forte e atraente aos ouvidos.
-Não me pergunte como eu consegui o seu número, porque essa foi a parte mais fácil. Bom, nós estamos com o seu filho e a namorada do seu irmão, como a essa altura você já deve saber, pois já recebeu as fotos.
Lincoln sentiu o ódio tomá-lo e gritou:
-Cadê eles?O que vocês fizeram com eles?Desgraçados!
-Linc, me poupe das suas chantagens e me escute o que é o melhor e mais aconselhável para você. L. J. e Sara estão bem, e por enquanto eles continuam como estão, mas isso depende de você e do seu irmão. Manterei contato com você por telefone e assim que for necessário mandarei alguém até você. Até aqui, estamos entendidos?
Lincoln suspirou do outro lado da linha, e respondeu friamente.
-Estamos.
-Ok, vejo que você está cooperando. Bom, existe uma pessoa em Sona, o nome dele é Whistler. A única coisa que o seu irmão tem de fazer é tirá-lo de lá. Nada mais. Por fim trocaremos Whistler, por L. J. e Sara. Nós temos um acordo, ou você quer correr o risco de ver seu filho em outro estado que não o de vida?
Lincoln não falou nada por alguns segundos. Depois suspirou inconformado e respondeu:
-Temos um acordo. Mas toque no meu filho e vocês irão pagar.
-Boa noite, Linc. E não esqueça de mandar lembranças ao seu irmão.
Susan desligou e Lincoln com toda a raiva jogou o telefone contra a parede.
Michael consentiu. Então os dois ficaram em silêncio.
Sucre fez uma expressão de quem acabara de lembrar-se de algo, e então perguntou:
-E a Sara, Michael?O que aconteceu com ela?O Linc e o L. J.? E por que afinal você está aí dentro?
A expressão de Michael entristeceu-se.
-Eles não estão nada bem. E tudo isso é minha culpa, me sinto cada vez mais responsável, Sucre.
-Hey, não fala assim. Você já fez muito por eles, você sabe disso.Vamos, me conte o que aconteceu.
Michael então lhe contou tudo.
Sucre motivou-o.
-Michael, você vai encontrá-los. L. J. é esperto que nem você e a Sara é forte, não se abala facilmente.
Michael com tristeza nos olhos, tentou sorrir e por fim respondeu:
-Estava precisando ouvir isso... Talvez só vindo de você mesmo. E quanto a Maricruz, procurarei Bellick e farei ele falar.
Michael viu Sucre sorrir daquele jeito que denunciava que ele estava prestes a conseguir algo muito desejado.
-É assim que se fala, Michael! Nós vamos salvá-las, nós vamos trazer a Maricruz e a Sara de volta.
E pela primeira vez em dias, Michael sorriu de verdade.
Depois de muito se remexer no pequeno sofá onde estava. Lincoln abriu os olhos, assustado. Sentou-se rapidamente e limpou o suor do rosto, foi então que percebeu que havia caído no sono no sofá do quarto onde estava. Olhou para a frente, na mesinha de centro estava o motivo por ter acordado tão subitamente. Seu celular estava virando e o toque já estava no último volume..
Ele aproximou-se da mesinha e pegou o celular nas mãos. Lia-se ‘’número não identificado’’. Lincoln pensou duas vezes, mas por fim atendeu.
-Quem fala?
-É você, Lincoln?
-Eu perguntei quem fala.
Lincoln insistiu, então lhe responderam.
-Linc, aqui é a Susan.
Lincoln silenciou e prestou atenção ao que ouvia. Era uma voz forte e atraente aos ouvidos.
-Não me pergunte como eu consegui o seu número, porque essa foi a parte mais fácil. Bom, nós estamos com o seu filho e a namorada do seu irmão, como a essa altura você já deve saber, pois já recebeu as fotos.
Lincoln sentiu o ódio tomá-lo e gritou:
-Cadê eles?O que vocês fizeram com eles?Desgraçados!
-Linc, me poupe das suas chantagens e me escute o que é o melhor e mais aconselhável para você. L. J. e Sara estão bem, e por enquanto eles continuam como estão, mas isso depende de você e do seu irmão. Manterei contato com você por telefone e assim que for necessário mandarei alguém até você. Até aqui, estamos entendidos?
Lincoln suspirou do outro lado da linha, e respondeu friamente.
-Estamos.
-Ok, vejo que você está cooperando. Bom, existe uma pessoa em Sona, o nome dele é Whistler. A única coisa que o seu irmão tem de fazer é tirá-lo de lá. Nada mais. Por fim trocaremos Whistler, por L. J. e Sara. Nós temos um acordo, ou você quer correr o risco de ver seu filho em outro estado que não o de vida?
Lincoln não falou nada por alguns segundos. Depois suspirou inconformado e respondeu:
-Temos um acordo. Mas toque no meu filho e vocês irão pagar.
-Boa noite, Linc. E não esqueça de mandar lembranças ao seu irmão.
Susan desligou e Lincoln com toda a raiva jogou o telefone contra a parede.
3 comentários:
ui, adoooorei esse capítulo. sucre pareceu \o/ eeeba! tô super ansiosa para ler os outros, a fic tá ficando cada vez melhor *-* PARABÉNS ;)
Sucreeeeeeeeeeeeeeeeeeee!
=]
Ameiiii esse capitulo.... a amizade do Sucre com Michael é simplesmente linda... Parece que ele é mais irmão do que o próprio Linc, e olha que gosto dele ahahahah
Fico ansiosa pra ler, mais e mais... ainda bem que não tive que esperar tanto pra ler ahahaha
Postar um comentário