Prison Break
3º Temporada
Capítulo 14
Mudanças de Planos
O choro de Michael aos poucos foi se silenciando, seus soluções e gemidos foram desaparecendo, mas ele ainda não conseguira deixar o corredor deserto. Tinha uma imensa vontade de sair dali, mas seu corpo e sua mente estavam tão cansados que ele não conseguia fazer o esforço de se levantar e caminhar. Ainda sentado no chão com as costas na parede, abaixou os olhos e viu as horas no relógio: eram duas da tarde. Lembrou-se que havia marcado com os outros às 15:30 ali mesmo. Sentiu um calafrio - estranho e incomum diante de tanto calor - só de pensar que eles poderiam vê-lo naquele estado.
Então, decidiu-se e levantou-se; abaixou os olhos mais uma vez e olhou para a foto de Sara em suas mãos: o medo e o ódio que sentia eram inexplicáveis às palavras. Perdera a mais verdadeira e a mais pura parte de si mesmo. Mas ainda havia alguém salvo e desta vez ele estava disposto a fazer acontecer.
Guardou sua foto no bolso e deixou aquele corredor.
Ao chegar a sua cela, Chuck estava debruçado sob o peitoril da janela observando algo lá fora. Quando ele o percebeu presente tirou os olhos da imagem que se estendia da janela e com uma expressão certa felicidade lhe disse:
-Michael!Michael, que bom que você chegou...
O choro de Michael aos poucos foi se silenciando, seus soluções e gemidos foram desaparecendo, mas ele ainda não conseguira deixar o corredor deserto. Tinha uma imensa vontade de sair dali, mas seu corpo e sua mente estavam tão cansados que ele não conseguia fazer o esforço de se levantar e caminhar. Ainda sentado no chão com as costas na parede, abaixou os olhos e viu as horas no relógio: eram duas da tarde. Lembrou-se que havia marcado com os outros às 15:30 ali mesmo. Sentiu um calafrio - estranho e incomum diante de tanto calor - só de pensar que eles poderiam vê-lo naquele estado.
Então, decidiu-se e levantou-se; abaixou os olhos mais uma vez e olhou para a foto de Sara em suas mãos: o medo e o ódio que sentia eram inexplicáveis às palavras. Perdera a mais verdadeira e a mais pura parte de si mesmo. Mas ainda havia alguém salvo e desta vez ele estava disposto a fazer acontecer.
Guardou sua foto no bolso e deixou aquele corredor.
Ao chegar a sua cela, Chuck estava debruçado sob o peitoril da janela observando algo lá fora. Quando ele o percebeu presente tirou os olhos da imagem que se estendia da janela e com uma expressão certa felicidade lhe disse:
-Michael!Michael, que bom que você chegou...

Quando Chuck aproximou-se dele, parou subitamente e o olhou nos olhos, viu a tristeza em seu semblante.
-O que aconteceu?
Michael desviou o olhar e foi até a cama, Chuck fez o mesmo ao segui-lo. E antes que pudesse insistir em sua dúvida, Michael perguntou:
-Escuta, Chuck... Você ainda tem aí aquela garrafa de água?
-Tenho, mas...
-Me consiga ela.
Chuck pegou a garrafa que estava ao lado do beliche e entregou-lhe.
-Obrigado.
Michael sentou-se no beliche e tomou alguns goles. A água desceu com alívio por sua garganta. Chuck aproximou-se.
-Cara... Você não vai me... – Chuck foi interrompido.
-Ela está morta.
Chuck paralisou ao ouvir as palavras que Michael havia dito. O restante da alegria que havia em seu rosto há pouco segundos atrás desapareceu. Ele suspirou e disse:
-Isso não é verdade, é? Quem te disse isso?
Michael passou uma das mãos sobre o rosto.
-Linc me contou hoje cedo. A única coisa que sei é que foi A Companhia.
Michael silenciou, Chuck o observou por um longo momento.
-Eu lamento muito, Michael... Se houvesse algo que eu pudesse fazer eu faria. Acho que eu faria qualquer coisa para poder te ver bem... E a Sara, ela...
Michael examinava o chão pensativo, ao ouvir as palavras de Chuck sentiu uma lágrima rolar por seu rosto, levantou-se rapidamente e de costas para Chuck – depois de ter limpado sua lágrima restante – disse:
-Continue me ajudando na fuga é o máximo que você pode fazer e já é o suficiente.
Chuck concordou. Michael saiu da cela, deixando-o sozinho.
Caminhou em direção a cela de Charlie, mas antes que chegasse lá o avistou conversando com outro prisioneiro no pátio perto da parede onde Chuck jogava basquete. Encaminhou-se até ele e logo que se aproximou o homem que estava ao lado de Charlie o encarou e foi embora, deixando-o os dois a sós
-O que foi?Ainda não está na hora, está?
-Não, ainda não. Mas precisamos conversar.
-Tudo bem, vamos até a minha cela.
Michael o seguiu.
-Tenho algo para falar também.
Michael deixou de olhar para o chão para encarar Charlie.
-Então... O que é?
Eles haviam chegado à cela, Charlie certificou-se mais uma vez de que eles estariam a sós e então começou:
-Eu caminhei hoje de manhã lá em cima. Dois homens de Lechero ficam de guarda em frente ao seu quarto. Eu dei uma olhada lá dentro e a única coisa que eu consegui enxergar foi alguns sofás, uma televisão pequena e algumas outras coisas. As possibilidades não parecem ser muito boas...
Michael ficou pensativo, depois expressou:
-Podemos conversar sobre isso depois?Outra hora?
Charlie o analisou, deixando seus pensamentos vagarem para o motivo de estarem os dois ali, a sós.
-Ok... O que você quer conversar, Michael?
Michael tomou coragem e disse:
-Quero destruir A Companhia.
-O quê? Mas... – Charlie parecia não achar as palavras. -Bom, isso não parece digno de você.
Aquilo pareceu ser uma piada, mas Michael não conseguiu achar a mínima graça no que ouviu.
-Então... Você vai me dizer o que o fez mudar de idéia?
De uma vez só e bem rapidamente, Michael exclamou:
-Sara.
Os olhos negros de Charlie arregalharam-se de surpresa e constrangimento.
-O que fizeram com ela?
-Eles a mataram e eu vou descobrir quem o fez. Vou destruir A Companhia assim como eles fizeram com a minha vida.
Sem muitos rodeios, Charlie disse:
-Eles fazem de tudo para acabar com o que temos de melhor e mais importante.
Michael completou:
-É, você está certo... Talvez nós tenhamos mais coisas em comum do que imaginamos.
Charlie deu um sorriso de canto, dizendo:
-Você sabe que pode enfrentar consequências desagradáveis, se realmente quiser destruir A Companhia, certo?
-Se Sara estiver mesmo morta, eu não tenho dúvidas de que farei isto. Bom, estamos juntos nessa?
-Se é assim, sim... Nós estamos juntos nessa.
Michael silenciou. Charlie pensou que seria melhor deixá-lo sozinho. Então se levantou, dizendo:
-Nós encontramos daqui a algum tempo?!
-Sim.
Charlie encaminhou-se a porta da cela.
-Charlie, espera!
Charlie virou-se e parou para ouvi-lo.
-Whistler?
-Desculpa, Michael, mas eu não faço a menor idéia. Mas acredito que dos limites de Sona ele não passa sem a nossa ajuda.
Charlie deixou Michael para trás e saiu a caminhar pelos corredores. Quando sentiu que estava só e em segurança recostou-se a uma das paredes. Percebeu que ali ele estava distante dos olhares alheios. Retirou, então, do bolso de sua calça um celular em condições não muito boas. Discou um número rapidamente e esperou:
Charlie ouviu chamar algumas vezes, por fim uma voz autoritária atendeu:
-Sim?
-Susan, é Charlie.
-Oh, Charlie?E então, quais são as notícias?Algum progresso ou Linc ainda não contou para ele?
-Ele contou sim. Ele está com bastante raiva no momento.
-Assim que deveria ser. Deixe o ódio dele aflorar, mas cuide para não levantar suspeitas, não se pode esquecer de com quem estamos lidando, Charlie.
-Ok, eu entendi. Qualquer coisa, eu volto a ligar.
-Ok.
Charlie desligou e guardou o celular dentro do bolso das vestes. Olhou para os dois lados só para garantir que ninguém havia ouvido nada. Depois se dirigiu ao esgoto, ao chegar cumprimentou-os:
-Olá.
Michael assentiu, Chuck retribuiu:
-Hey, cara.
-Então, vamos lá?
Michael o olhou com certa repreensão.
-Temos que esperar Bellick e Whistler.
-Poh, esses caras são muito lerdos, você deveria despedir eles, Michael.
Michael riu da piada de Chuck e Charlie também.
Logo, Bellick e Whistler estavam presentes.
Michael tomou a palavra.
-Eu consegui as lanternas.
Michael distribuiu as lanternas entre todos eles.
-Vamos descer, ver o que achamos lá e depois teremos que conseguir as pás. Amanhã de manhã, eu quero vocês três – ele apontou para Charlie, Bellick e Whistler – na nossa cela. Traçaremos um plano para entrar no quarto de Lechero.
Todos concordaram. Michael esperou mais uns instantes e completou:
-Ok, já que ninguém contestou nada até agora, eu só tenho mais uma coisa a dizer a vocês.
Whistler lhe lançou um olhar nervoso. Os outros esperavam.
-Ok, já que ninguém contestou nada até agora, eu só tenho mais uma coisa a dizer a vocês.
Whistler lhe lançou um olhar nervoso. Os outros esperavam.

-Houve uma mudança nos planos e o trabalho e a fuga será feito em uma semana, se possível em menos tempo.
Ninguém pareceu muito contente com as ordens de Michael. Mas Bellick foi quem se manifestou:
-Como, Michael?Fazer isso tudo em uma semana sem que ninguém perceba?Quer que trabalhemos feito escravos? – Bellick riu ao fim.
Michael virou-se e o encarou furtivamente.
-Caso você não saiba isso está em jogo a vida do meu sobrinho e da Maricruz. Aliás, você está lembrado por que a Maricruz virou prioridade também? Bom, eu acho que você tem bastante consciência disso. Então pare de reclamar e se apresse.
Michael deu as costas para Bellick e aos outros também. Aproximou-se da porta e a entreabriu, fez um sinal e todos entraram em sintonia. Michael fechou a porta em silêncio e virou-se, apontando a lanterna para os pés: conseguiu enxergar os tijolos que faziam do chão a escada. Olhou para os lados atordoado e viu as quatro sombras dos homens que estavam consigo se movendo tão ou mais rápido quanto ele.
Apontou a lanterna mais a frente e juntos eles começaram a descer a longa escada. Não se passou dois minutos e eles já estavam chegando à água parada no chão.
Charlie parou ao lado de Michael, com a sua lanterna erguida e olhando para onde a luz dela clareava disse:
-Você tem certeza que é aqui?
-Absoluta. Aqui é o lugar mais seguro dessa prisão. Raramente alguém entra ou sai.
Eles deram mais alguns passos e deixaram o escoamento para trás. À medida que caminhavam, o cheiro do esgoto e a água em seus pés diminuíam. Andaram durante três minutos sem encontrar nada, só então eles se depararam com duas saídas que davam continuação ao túnel. Todos pararam diante delas e Whistler exclamou:
-Nos separar?
Michael consentiu a Whistler e definiu:
-Você, Bellick, vem comigo. Você – Michael olhou para Chuck – Charlie e Whistler vão juntos pela esquerda. A primeira dupla que chegar ao fim do túnel, volta e espera aqui pelos outros.
Antes de se separarem, Michael e Chuck trocaram olhares nervosos. Desde que falara para Chuck sobre Sara, esse pareceu estar com os pensamentos elevados. Como se estivesse presente só em corpo. Michael nutriu seu olhar, tentando acalmá-lo de uma maneira que nem ele poderia acalmar a si mesmo.
Ele, então, desviou-se daquele olhar cheio de interrogações que recebera do amigo e fez sinal para Bellick. Eles seguiram pela passagem da direita e a última coisa que ouviu antes de se afastar foi a junção dos passos firmes de Charlie, dos passos imprecisos de Whistler e dos passos silenciosos de Chuck.
Sentiu-se por um momento angustiado. Talvez ele tivesse errado, talvez devesse ter formado uma dupla com Chuck e não com Bellick. Mas se assim o fizesse, quem seria os ouvidos de Charlie, Whistler e Bellick? Chuck cuidaria dos outros mesmo que inconscientemente. E Bellick era a sua responsabilidade.
-Michael! – Bellick gritou e o sobressaltou.
-O que foi? – Michael continuava a iluminar o longe.
-Quando você disse que precisava ajudar o L. J. e a Maricruz, eu não lembro de você ter dito nada sobre Sara... O que aconteceu com ela?
Entre um passo e outro, Michael respondeu:
-Nada. Não aconteceu nada.
-Nada?Ou ela achou você um cara complicado de mais e quis terminar o namoro antes de vocês casarem e terem filhinhos?
Bellick riu de suas ironias. Michael enraiveceu-se: deixou a lanterna cair no chão e empurrou Bellick contra a parede bem rapidamente.
-Ela está morta, filho da mãe!E por minha causa... Então se você não se importa fique quieto e continue andando!Não atormente os meus pensamentos.
Michael o soltou e se afastou. Bellick ainda encostado na parede assustado perguntou tropeçando nas palavras:
-Morta?Mas como... Como morta?
Michael agora só enxergava o chão em baixo de si. E ainda assim de maneira um pouco nublada. As lágrimas insistiam em voltar.
Bellick parecia estar realmente chocado ao saber que Sara já não fazia mais parte daquele mundo.
-Eu... Sinto muito Michael.
Ele sentiu que se ficasse ali parado a qualquer momento ele choraria novamente. Então, procurou pela lanterna no chão sujo e a pegou entre as mãos, levantou o rosto e ordenou:
-Vamos continuar.
Bellick ficou por alguns segundos absorvendo informações, antes de se apressar para alcançar Michael que já estava mais à frente.

Caminharam durante mais alguns minutos - em um silêncio intimidador – e chegaram finalmente ao final do túnel. Michael olhava decepcionado para os destroços que barravam uma possível saída para eles.
-Já desconfiava disso. – exclamou entre os dentes.
-Vamos tirar isso e cavamos, é só o que precisamos fazer. – Bellick concluiu.
Michael aproximou-se dos destroços e os restos de construção que havia ali, depois se virou com a mãos em posição em sua própria cintura, dizendo:
-Sabe que é arriscado, Bellick.
-É, eu sei. Mas nós temos alternativas?
-Não, não temos.
-Voltar? – Bellick perguntou depois de um momento.
-Sim, voltar. – Michael concordou.
Juntos e mais uma vez em silêncio eles percorreram o caminho de volta. Quando chegaram os outros já estavam à espera.
-Então, o que acharam? – Charlie perguntou.
Michael respondeu:
-Destroços.
-O mesmo. – Whistler conclui em um tom nervoso.
Michael suspirou cansado.
-Eles devem ter barrado a saída, eu digo os guardas. Quando esses deixaram a prisão. Ok... Dêem-me um tempo para pensar.
Os outros respeitaram e lhe deram tempo. Chuck ainda conservava o mesmo olhar perdido e desnorteado de antes. Michael aproximou-se e perguntou quase que em um sussurro:
-Você está bem?
-Não muito... – admitiu. - mas acho que eu que devia lhe fazer essa pergunta.
Michael pode perceber que Chuck tentava sorrir, mas não estava funcionando como devia. Ele tampouco conseguiu fazer o mesmo. Pelo jeito, a sua dor – mesmo não sendo no mesmo aspecto e na mesma intensidade – era a mesma. A perda de alguém, mesmo que não conhecível, ia ser dolorosa para Chuck também.
Michael falou a todos:
-Ok, não sei ainda o que será o certo a fazer até que comecemos a mexer nos destroços. Então vamos apenas subir e depois de conseguir as pás e o resto, nós viemos aqui e decidimos o que vai ser feito. Todos de acordo?
Todos concordaram e Whistler acrescentou:
-Você parece saber o que está fazendo. Mas e quanto lá fora, Michael? E os guardas, as grades...?
-Isso nós veremos depois. A prioridade é um caminho que leve até lá em cima. Depois, nós preocupamos em conseguir passar pelos guardas e as grades, mas se você está muito preocupado com isso, eu já estou pensando a respeito.
Whistler silenciou, sem mais perguntas.
Eles se dirigiram mais uma vez ao longo túnel, desta vez com um único caminho a percorrer.
Lincoln saia do hotel apressado e sentindo-se um pouco desconfortável. Entrou no carro que estava na garagem e antes de ligar o motor deu uma olhada rápida para o relógio sob o seu pulso: estava atrasado. Com um mapa na mão e outro no volante andou cerca de dez minutos, conseguindo enfim encontrar o bar em que iria conversar pessoalmente com Susan.
Estacionou, desceu do carro e olhou em volta: era um restaurante simples, mas muito aconchegante e, claro, movimentado. Ao seu lado, havia um prédio azul marinho, como Susan havia descrito.
Olhou para os dois lados da rua e a atravessou. Entrou num bar e sentou-se em uma mesa. O garçom passou por ali, ele pediu um copo de água e foi só.
Esperou; não havia mais o que fazer. Todas as pessoas naquele lugar pareciam felizes e sorridentes. Havia muito tempo que não sentia vontade de sorrir. Ele sabia quais eram os motivos daquilo. Sabia que era por causa de sua culpa, de seu pesar, de seu egoísmo, de ódio que irradiava de outras pessoas. Mas, aparentemente, ele acreditava em Michael e ele traria a sua vontade de volta um dia.
Seus pensamentos voltaram ao lugar do ponto de encontro onde estava. Foi então que ele ouviu aquela voz sedutora, forte e atraente. Olhou mais a frente: lá estava ela sob o balcão, conversando de maneira e educada e levemente sinuosa com o garçom. Ele deu um meio sorriso bobo para ela e Susan lhe retribuiu com uma gorjeta.

Seu corpo girou e ela começou a andar pelo restaurante. Vestia um blazer e uma calça social pretos, nos pés um salto alto. Seu andar impressionava e arrancava os olhares que há pouco tempo estavam direcionados para outros lugares e outras pessoas. Seus cabelos negros e lisos caíam abaixo dos seus ombros. Seu corpo era curvilíneo e profundamente sedutor: ela era mais bonita do que a imaginação que Lincoln produzira para si mesmo. "Bonita" talvez não fosse a palavra certa, certamente linda também não. Talvez o mesmo adjetivo da voz: atraente. Talvez ainda... Tentadora.
Lincoln tentou banir aqueles pensamentos de sua cabeça atônita. Agora ela já estava se aproximando da mesa onde ele estava sentado, ignorando completamente os olhares nervosos e cobiçosos a sua volta. Ela diminuiu o passo e então estava a sua frente:
-Olá, Lincoln.
Seu cinismo e arrogância eram visíveis de uma maneira agonizante. Lincoln ajeitou o corpo na cadeira e aproximou-se da ponta da mesa:
-Nada bem.
Susan riu, fingindo achar graça. Mas seus olhos azuis chamativos como os de uma cobra perversa pronta para dar o bote estavam cautelosos. Depois, secamente começou a falar:
-Ok, Lincoln. Nós dois sabemos o que estamos fazendo aqui, então eu não vou fazer você e eu perdermos tempo. L. J. está bem, apenas com saudade do pai e do tio. Mas até que em alguns momentos ele parece estar bem com as suas novas acomodações.
Susan desdenhava. E a raiva de Lincoln crescia energicamente.
-Falei com Michael. Whistler está em mãos.
-Hum... Isso é muito bom. Alguma notícia boa realmente, não é mesmo?Afinal, Lincoln, você já disse ao seu irmão que ele está viúvo?
O ódio ardeu como brasa no peito do Lincoln. Sua mãos suavam por cima da mesa. Tentou controlar sua descompostura e então perguntou:
-O que mais você tem a me dizer?
Os olhos de Susan reviraram e ela respondeu em um tom silencioso:
-Você viu o que eu fiz com a Sara, não é mesmo?Saiba que eu dificilmente tolerarei algum erro ou alguma mentira. Então, pense antes de fazer qualquer uma dessas duas coisas.
-Eu entendi. Só quero te pedir uma coisa.
Susan avaliou sua expressão e consentiu.
-Fotos de L. J.
-Eu entendo. Certo. Próximo encontro. Mais fotos. O que mais?
-É só isso.
Susan apoiou-se na mesa ao levantar-se.
-Ligarei informando o lugar do nosso próximo encontro.
Susan lhe deu uma piscadela. Lincoln deu de ombros, inconformado e lhe respondeu:
-Tudo bem.
Susan lhe deu um aceno de mão e voltou-se para o restaurante lotado e para os olhares curiosos que a acompanhavam a cada passo.
Lincoln fechou os olhos e apenas sentiu seu coração bater freneticamente e sua respiração ofegante o cansar. É, estava realmente cansado e exausto e naquele momento não havia nenhuma outra coisa no mundo inteiro que ele quisesse mais do que o seu filho de volta.
2 comentários:
AHHHHHH, ver o Michael sofrendo não é legal :'/ se não tivesse bastado vermos ele assim na série, agora temos a maravilhosa e viciante fic da Rafa para repetir a dose - e com detalhes ainda. Eu digo, é sofrimento demais para nós, pobres fãs! Haha :D apesar de ser ruin ler sobre isso (porque você imagina como a cena seria e ainda lembra dos momentos tristes da 3ª temporada, e dá um aperto no peito. Mesmo sabendo que a morte da Sara foi falsa, tudo que o Mike sofreu foi verdadeiro.), mesmo acontecendo isso, essas partes são ao mesmo tempo lindas. Não porque é agradável ver ele sofrendo, mas por ele demonstrar toda a sua dor por ter perdido a mulher que amava, ou seja, demonstrar todo o amor que sentia por ela. Como eu disse, lindo!
Oti, a reação do Chuck foi tão amigável, que fofa >.<
- Então... Você vai me dizer o que o fez mudar de idéia?
De uma vez só e bem rapidamente, Michael exclamou:
- Sara.
ÓÓÓÓWN *-* o amor mais lindo, puro e verdadeiro! O mais impossível e possível ao mesmo tempo <3
Uaaaaaau! Muito bacana a repeensão do Michael no Bellick :D adoro quando o Mike fica com esse jeito mauzão dele, huahua, quando ele faz "aquela" cara de mau então, é irresistível *--------*
Tadinho dele, precisa lidar com a morte da Sara, com a idéia de estar em uma prisão que parece um inferno, com a fuga e a prioridade de salvar a Maricruz e o sobrinho, e ainda por cima, com a dor e a raiva de acabar com a Companhia e tudo que ela arruinou em sua vida. E ele ainda consegue superar tudo isso! Michael é um exemplo, um herói <3
Você conseguiu descrever a Gretchen de uma forma MUITO verdadeira, Rafa :) Parabéns, ficou ótimo! Até a forma de falar ficou igualziiinha :D
"Naquele momento não havia nenhuma outra coisa no mundo inteiro que ele quisesse mais do que o seu filho de volta." fechou com chave de ouro. Outro capítulo maravilhoso!
Love you Rafa ;*
PERFEITO......
Minha escritora predileta...
AMOOO< vc sabe que imprimo pra ler depois, mas não estou tendo tempo pra postar....
Mas logo volto e escrevo mais
Está perfeita
Beijos
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